domingo, 27 de dezembro de 2015

O ITALIANO E A SEBASTIANA.

Desde  o Inicio da Imigração italiana no sul do Brasil, os jovens protagonizaram algumas histórias de amor inusitadas.  Grande parte dos casamentos acabava sendo entre filhos de imigrantes mesmo.
Os relacionamentos se davam no ambiente da colonia. A dificuldade de locomoção era uma das razões. Assim, as novas famílias eram formadas - em sua maioria - entre imigrantes mesmo.
Mas, vez por outra,   um ragazzo se apaixonava por uma moça nativa.

E foi isso que  aconteceu com Orazio Giuseppe Bertolin.





Nascido na Itália,  na cidade de Maróstica - Vicenza, imigrou para  o Brasil,  junto com seus pais, em 1878. 

Orazio chegou aqui com 14 anos de idade.

Em abril de 1878, a família BERTOLIN já estava estabelecida na  Colonia DONA ISABEL, hoje município de Bento Gonçalves-RS.
Orazio crescia e trabalhava duro  junto com a família. Havia cinco anos que o Orazio estava no Brasil e ele teve um encontro fulminante com uma brasileirinha estonteante: a Sebastiana.

 Pronto! 

O coração do Italiano tinha uma dona. Sebastiana Alves Monteiro da Silva, este  era o nome da moça. Cabelos lisos. Linda e Vaidosa. Assim era definida por quem a conheceu.


Casamento?  não há registro.

 Mas o fato é que os Orazio e Sebastiana constituíram família e tiveram 06(seis) filhos:

- André BERTOLIN - Nasceu em 14.05.1893 - faleceu em 27.02.1953
  Casou  em 01.01.1910 com Genoveva Giacomin

- Vitório BERTOLIN (faleceu solteiro).

- Anália BERTOLIN
  Casou com JUANITO TOZON

- Magdalena BERTOLIN - Nasceu em 1896 e faleceu em 23.09.1898, aos dois anos de idade).

- Albertina BERTOLIN Nasceu em 28.09.1897 e faleceu em 23.06.1990
  Casou com Laudelino Pacheco.

- Redovino BERTOLINI (isso mesmo, registrado como BERTOLINI)

Orazio amava Sebastiana, mas o relacionamento  não deu certo.

Houve uma separação e uma tentativa de reconciliação, cerca de um ano depois. Não prosperou. Acabou. Separaram-se definitivamente.
Orazio Giuseppe Bertolin  não casou mais.  Viveu seus últimos dias na casa de seu neto Guerino Rineu Bertolin. Faleceu em Setembro de 1942, aos 79 anos de idade.

Da sebastiana, pouco se sabe.  






sábado, 26 de dezembro de 2015

E OS PRIMOS SE CASARAM.

Esta é a história do casamento dos meus avós paternos.  Zilba Pacheco Bertolin  & Guerino Rineo Bertolin
Ela, filha de Laudelino Pacheco e Albertina Bertolin Pacheco.
Ele, Filho de André Bertolin e Genoveva Giacomin Bertolin.  Ambos netos de Orazio Guiseppe Bertolin.  Portanto, PRIMOS. Albertina e André Bertolin eram irmãos.

Guerino era sete anos mais velho. Primo e Prima  viviam de forma muito pacata no interior do Rio Grande do Sul. 
Um belo dia Guerino teve  um olhar diferente para a prima, que era bem mais jovem. Um Olhar. Um convite para dançar no primeiro baile que os dois se encontraram. A  partir daquele momento Guerino não queria saber de outra coisa. Apenas tinha olhares  para a prima. Adorava ir na casa do Tio Lau e da Tia Albertina, só para estar perto da prima.
Zilba inicialmente não entendia as pretensões do primo. Mas, sem se dar conta, correspondia as investidas do Guerino.  De repente a mocinha Zilba estava inquieta e, apaixonada. O Primo Guerino tinha arrebatado seu coração.  Nascia assim um amor para  o resto de suas vidas. Guerino e Zilba não tiveram dúvidas. Estavam apaixonados e iriam enfrentar qualquer  resistência da família para ficarem juntos. Começava assim o namoro que acabou em casamento no dia 15 de Junho de 1935. 
No dia do enlace, Zilba  tinha apenas 17 anos de idade. 

Se foi exatamente assim eu não sei, mas que os primos casaram, isto  é fato verdadeiro.
O registro oficial do casamento  foi feito no cartório de Registro Civil da sede Teixeira (hoje município de Tapejara-RS), então pertencente ao município de Passo Fundo-RS,  





O Casal teve cinco filhos.  Alceu, Algeu. Alfeu (meu Pai) Algenes  e Altaneu.
Vô Guerino faleceu em 1976 na cidade de Galvão, santa Catarina. Vó Zilba, faleceu em agosto de 2005 também na cidade de Galvão-SC.