Desde o Inicio da Imigração italiana no sul do Brasil, os jovens protagonizaram algumas histórias de amor inusitadas. Grande parte dos casamentos acabava sendo entre filhos de imigrantes mesmo.
Os relacionamentos se davam no ambiente da colonia. A dificuldade de locomoção era uma das razões. Assim, as novas famílias eram formadas - em sua maioria - entre imigrantes mesmo.
Mas, vez por outra, um ragazzo se apaixonava por uma moça nativa.
Nascido na Itália, na cidade de Maróstica - Vicenza, imigrou para o Brasil, junto com seus pais, em 1878.
Orazio chegou aqui com 14 anos de idade.
Em abril de 1878, a família BERTOLIN já estava estabelecida na Colonia DONA ISABEL, hoje município de Bento Gonçalves-RS.
Orazio crescia e trabalhava duro junto com a família. Havia cinco anos que o Orazio estava no Brasil e ele teve um encontro fulminante com uma brasileirinha estonteante: a Sebastiana.
Pronto!
O coração do Italiano tinha uma dona. Sebastiana Alves Monteiro da Silva, este era o nome da moça. Cabelos lisos. Linda e Vaidosa. Assim era definida por quem a conheceu.
Casamento? não há registro.
Mas o fato é que os Orazio e Sebastiana constituíram família e tiveram 06(seis) filhos:
- André BERTOLIN - Nasceu em 14.05.1893 - faleceu em 27.02.1953
Casou em 01.01.1910 com Genoveva Giacomin
- Vitório BERTOLIN (faleceu solteiro).
- Anália BERTOLIN
Casou com JUANITO TOZON
- Magdalena BERTOLIN - Nasceu em 1896 e faleceu em 23.09.1898, aos dois anos de idade).
- Albertina BERTOLIN Nasceu em 28.09.1897 e faleceu em 23.06.1990
Casou com Laudelino Pacheco.
- Redovino BERTOLINI (isso mesmo, registrado como BERTOLINI)
Orazio amava Sebastiana, mas o relacionamento não deu certo.
Houve uma separação e uma tentativa de reconciliação, cerca de um ano depois. Não prosperou. Acabou. Separaram-se definitivamente.
Orazio Giuseppe Bertolin não casou mais. Viveu seus últimos dias na casa de seu neto Guerino Rineu Bertolin. Faleceu em Setembro de 1942, aos 79 anos de idade.
Da sebastiana, pouco se sabe.